É fato que esta tipologia de filmes já foi demasiadamente produzido. Entretanto, isso não exclui o fato deste em questão ser de bom qualidade. Acredito que ser um filme independente tenha ajudado muito no resultado final. Vou tentar pontuar algumas coisas que o tornam um filme diferente em meio a tantas semelhanças no mundo cinematográfico.
Por Deus, até que enfim conseguiram mostrar que nem todos os jovens dos EUA são tão loucos! Poxa, enfim é mostrado que sim os jovens americanos são seres humanos e podem sim ser ótimas pessoas mesmo diante da cultura consumista, e do "american way of life". E nisso o filme mostra com clareza como isso pode ser mais real, e comum do que pensamos. Aqui, no universo estudantil, o garoto mais popular da escola, super badalado e tal é uma pessoa querida por todos porque é uma boa pessoa.
Por Deus, até que enfim conseguiram mostrar que nem todos os jovens dos EUA são tão loucos! Poxa, enfim é mostrado que sim os jovens americanos são seres humanos e podem sim ser ótimas pessoas mesmo diante da cultura consumista, e do "american way of life". E nisso o filme mostra com clareza como isso pode ser mais real, e comum do que pensamos. Aqui, no universo estudantil, o garoto mais popular da escola, super badalado e tal é uma pessoa querida por todos porque é uma boa pessoa.
O filme inicia com ele tentando arrumar uma gatinha para o amigo (um amigo magrelo e não tem pinta de um dos populares), ele não é odiado, não é o capitão do time da escola. O cara é popular porque é uma boa pessoa e simplesmente normal. Quantas vezes os filmes estereotipam o popular como um chato, racista ou com qualquer outro preconceito, pegador geral, ou pior ainda, uns burros idiotas? E tem mais: ele pode sim ficar com a menina lá dos fundos, aquela que ninguém repara (não porque é feia ou chata, mas porque é tímida e discreta), e não ser zuado ou excluído por isso! Na verdade o filme brilha ao colocar a nerd sem estereótipos. Ela é normal, uma jovem normal que curte mangás, bonita, se veste como qualquer outra garota e sim pode ficar com o cara popular. Aqui você não vai encontrar a Jamie Sullivan, andando com a bíblia colado no peito e cantando sexy para o Shane West! Muito pelo contrario, o relacionamento chega a ser perturbador e estranho, diante da maneira como a jovem encorpora a personalidade do namorado.
Em Spetacular Now, Sutter (personagem feito tão carismaticamente por Miles Teller) é só mais um jovem como tantos os outros que existem com as mesmas duvidas que todo mundo! Seus problemas são banais como a vida de uma pessoa comum, mas não menos difícil de se superar. Como não considerar como um abandono materno ou paterno pode ser determinante na personalidade de alguém? Sutter esta vivendo o momento mais difícil de todos, o de descobrir que a juventude acaba, e a vida adulta está batendo na sua porta histérica! A responsabilidade fica gritando louca, lhe obrigando a seguir em frente mesmo que você não esteja preparado nem um pouco para isso. E é ai que o relacionamento de Aimee (Shailene Woodley como um doce de menina) com Sutter se torna tão interessante! No filme sentimos o desespero do jovem de curtir cada momento, de tentar de todas as formas se prender a um presente (não tão bom assim), mas o único do qual ele tem controle e poder de decisão. E tudo isso é posto em jogo quando conhece uma garota que tem fascinação por ele desde a infância, mas não esta se permitindo permanecer nesse “perfeito presente”. Ela o impulsiona a seguir em frente, mesmo que de maneira estranha (como adentrando da doença dele, ou por vezes muito inconsequente das ações), mas sempre com ele. E não é isso o belo? Quando se está perdido, encontrar alguém que lhe dê um rumo? Não é isso uma das coisas brilhantes que a juventude nos proporciona, o apaixonar?
Não sei se as pessoas entenderam o quanto isso faz o filme ser interessante e necessário de ser visto. O filme é tão identificável para um jovem, pois os conflitos ali são sensíveis de tão comuns! As dúvidas de Sutter também são as minhas! Como ele diz: "Não sei o que há de tão fantástico em ser adulto". E não é a mais pura verdade? A juventude é a melhor etapa de nossas vidas, mas como estamos vivendo e quando deve terminar? São duvidas que ao menos eu estou tendo, e enquanto for jovem sempre terei. Mas uma coisa é certa: "o especial do viver no presente, é que sempre terá um futuro".
Abraços!

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