Diretor: Fredrik Bond
Sempre me surpreendi com a capacidade dos tradutores brasileiros de CRIAREM nomes para os filmes estrangeiros. É realmente uma criação, porque respeitar a simplicidade dos títulos não conseguem fazer, como é o caso deste filme. Charlie Countryman passou em terras brasileiras a ser chamado Conquistas Perigosas. Enfim, que o nome tosco não repele as pessoas a ver esse bom filme.
Charile Countryman é o nome do personagem de Shia LaBeouf, o protagonista doa filme. O enredo foca a vida desse rapaz comum, que um dia ao viajar para Romênia, conhece uma garota por quem se apaixona. Mas como a maioria dos filmes de romance, sempre tem uma gangue e um mafioso envolvido na história toda. Ou seja, nesse primeiro momento pensamos “já vi esse filme”. E sim, o roteiro é batido, mas mesmo com tantas semelhanças, o diretor conseguiu vencer e ser diferente. Primeiro que a escolha dos protagonistas foi ideal e de uma sintonia incrível. Shia LaBeouf vivendo Charlie, Evan Rachel Wood como Gabi e Mads Mikkelsen como Nigel.
Mesmo com um roteiro um tanto quanto batido, ele não se engana na chatice e enrolação. Tudo acontece bem rápido, com diálogos interessantes e um romance muito bem construído e cativante. Evan Rachel Wood está perfeita com um sotaque incrível! Seu visual com cabelos coloridos e roupas urbanas é uma das coisas a se ressalvar do filme. Shia está engraçado, bagunçado, sujo e confuso. Faz as coisas que lhe dá na cabeça e vive intensamente. Na verdade, esse é o ponto que mais me atraiu no filme, a possibilidade dessas pessoas de viverem intensamente cada momento da vida delas. E tudo está envolto em uma atmosfera cômica, misturada com o drama e romance.
E o ambiente desse romance é extremamente moderno. As imagens de Bucareste envolva das luzes da noite, e uma trilha sonora de musicas eletrônicas vivas é genial. São cores e mais cores que a fotografia proporciona. Ver Charlie correndo apaixonado pelas ruas, ou Gabi andando de metro é incrível. O diretor conseguiu se sobressair ao comum, e criar um filme no meu modo de ver inovador.
O filme estreou no Festival de Sundance em 2013 na sua versão completa, já para os cinemas americanos houve cortes nas cenas de sexo. O que revoltou Evan Rachel, principalmente por se tratar de uma cena de sexo oral que a personagem Gabi recebia de Charlie. Realmente é a pura da hipocrisia que os americanos convivem com a sexualidade. É permitido o máximo de violência que existe, mas cenas de sexo não são aceitas! Enfim, embora eu seja contra a corte de censura (principalmente inúteis) no cinema, isso não atrapalhou o filme na sua totalidade.
Donwload
Abraços!

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