Diretor: William Wyler
Acho que ainda não demonstrei toda a minha admiração por essa atriz excepcional e a melhor que já existiu ate hoje no cinema, nesse humilde blog. Mas nunca é tarde para falar de Bette Davis.
O filme em questão é o que lhe deu o seu segundo Oscar de melhor atriz em 1939 e um dos seus melhores trabalhos já feitos. Acho importante falar desse filme muito além de ser protagonizado por ela, mas também por ser importante em uma época. Jezebel foi um dos filmes que na década de trinta surgiram com o tema do século XIX e sobre a “benevolência” dos sulistas em plena época de escravidão. Todos aqui são tão bonzinhos e amigos dos escravos, que só vendo! Claro que esse como os outros filmes pró-sulistas da época (E o vento levou, E a Estrada de Santa Fé, por exemplo), não trazem esse ponto como o principal da trama, mas está bem implícito toda essa situação.
Enfim, como esse não é ponto chave do drama, vamos ao o que é. Em Jezebel, a história é passada em Nova Orleans, onde se centraliza na vida de uma jovem da aristocracia egocêntrica e caprichosa que causa um escândalo provocando o rompimento de seu noivado. O rapaz acaba por casar com outra mulher, mas ela ainda o ama profundamente. O enredo é instigante, sendo bem dinâmico e não dando espaço para enrolação. Os fatos acontecem e são diretos, com as ações e consequências.
O luxo, vaidade e os caprichos da aristocracia sulista estão todos impregnados na personagem Julie de Bette Davis. Moça bonita, rica e popular. Ela faz o que bem quiser, e sempre com seu orgulho incorrigível, por isso o nome que dá o titulo ao filme. Jezebel era uma personagem bíblica, implacável nos seus anos como Julie. O interessante é que apesar de ter feito escolhas erradas, Julie consegue perceber os danos que causou a ela e as pessoas que ama, em especial a Preston, interpretado por Henry Fonda tão jovem e bonito.
As interpretações são fantásticas, mostradas pelas cenas de impacto como as do salão, onde é incrível ver como o rosto de Henry Fonda se transforma na vergonha que sentia no momento. E Bette Davis mais uma vez consegue fazer uma mulher transtornada pela dor e pelo arrependimento. O amor dos dois é complicado e perturbado, cheio de magoas do passado. E de certa forma não motiva o publico a torcer pelos dois. Entretanto, tudo muda drasticamente no enredo. Tudo muito bem mesclado em um filme curto, de uma hora e meia, com inicio, meio e um fim. Ressalva para o fim, que dá um aperto no coração e uma enorme sensação de prosseguir nesse drama!
Nada como um belo filme preto e branco, com um figurino impecável e trilha sonora emotiva. Um dos meus preferidos da minha atriz preferida! Aproveitem o que Bette Davis deixou!
Donwload
Abraços!
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