Não sou a maior fã de filmes de
super-heróis. O meu único preferido era Os
Guardiões da Galáxia, pois reúne uma estética linda, com um roteiro com
motivo e contexto muito bom. Dormi nas três vezes que tentei ver Batman vs. Superman, e só na quarta
tentativa que consegui chegar até o fim. Isso não ocorreu em Mulher Maravilha.
Você entende a importância da representatividade
quando surge uma emoção muito genuína ao ver uma mulher sendo tão bem
apresentada em um filme de um universo historicamente masculino. E
principalmente, se entende isso quando ao conversar com um homem, percebe-se
que para eles é totalmente irrelevante ou não notável (ou finge ser) o fato dos
personagens masculinos seguirem Diana, entenderem a importância de Diana. E ao contrario do que podem pensar, eles não
se curvam para ela, este não é o proposito da igualdade de gênero. Eles lutam COM ela, estão juntos em prol do
mesmo motivo.
A diretora Patty Jenkins, de Monster,
travou uma batalha de anos para conseguir fazer o filme. E por sorte, conseguiu
fazer exatamente como pretendia, tendo total liberdade de criação, e talvez por
isso o filme tenha sido tão bom. DC
Comics acertou ao colocar uma mulher para dirigir o filme da mais icônica heroína
que representa todo o empoderamento e a luta feminista.
A mesma estética dos filmes
anteriores está presente, a fotografia sombria, a trilha sonora bem solene. Mas
diferente dos anteriores, o roteiro é muito bem feito. Ao contrário dos filmes da Marvel, ou até mesmo dos anteriores da DC, não existe espaço para as piadas obvias, constantes e forçadas. Aqui tudo flui com naturalidade, e os momentos de humor surgem como consequência dos fatos. Diana é ignorante sobre
o mundo externo a sua terra, mas o texto não permite que ela caísse no ridículo
ou na idiotice. Gal Gadot dá o tom
certo da inocência e ingenuidade, sem cair no terrível clichê da “fragilidade feminina”. É extremamente sensual, mas não surge erotização. As lutas são um espetáculo, ela tem
força e agilidade, e não a masculinizam nesse momento. Diana é uma mulher,
assim como ela deve ser.
Além disso, tenho que pontuar o fato da personagem de Dra. Maru (Elena Anaya). Mesmo sendo de pouco destaque, é notável o fato da escolha de uma mulher como cientista, considerada um gênio no que faz. O filme avança também nesse mero detalhe, que faz uma diferença enorme.
Um detalhe que me incomodou, mas
muito pouco na verdade, foi o uso demasiado da câmera lenta. Sem duvida é um
artificio muito bom para se apresentar detalhes que deve ser focados, mas achei
que foram em excesso, e por serem bem em momentos de maior ação, torna incomodo.
Não o suficiente para irritar. Outra coisa que vale pontuar, é alguns problemas nos efeitos gráficos. Algumas cenas, é visível a computação das cenas muito claramente. Não sei como deixaram isso passar.
Mulher Maravilha é mais um avanço
para nós mulheres. Precisamos que nossas crianças assistam, que garotinhos
possam querer ganhar o boneco da Diana, e se sentir orgulhoso disso. Precisamos
também que homens fiquem confortáveis com o fato dos personagens masculinos não
serem o foco da trama, que entendam que isso precisa se tornar normal.
O que posso dizer é: assistam! Se você for mulher, sinta o
prazer enorme que é ver um mulherão da porra fazendo tão coisa foda!
Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito. O filme da Mulher Maravilha é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. É um dos melhores filmes de super-heróis gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!
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