Diante do vazamento de algumas músicas, Björk disponibilizou o lançamento de seu novo álbum hoje no iTunes.
Em um disco tão íntimo e emocional, como Vespertine (2001) em que ela se abre compondo músicas que surgiram com o inicio de um relacionamento, em Vulnicura (2015) acompanhamos o término do relacionamento. Posso dizer que este seja o disco com as músicas mais "claras" que Bjork escreveu. As músicas são cronológicas desse processo, tornando encantador o álbum. Diante do motivo para tais composições, Bjork se preocupa em manter um álbum puro e melancólico, com o uso perfeito de instrumentos de corda como o violino e o violoncelo, com mixagens excelentes do colaborador Arca.
Inicia-se com a solene e belíssima Stonemilker, composta nove meses antes do término, em que Bjork se encontra na confusão de um relacionamento conturbado "show me emotional respect, I have emotional needs, I wish to synchronize our feelings" (mostre respeito emocional, eu tenho necessidades emocionais, eu queria sincronizar nossos sentimentos).
E o ápice do disco se vai com Black Lake, canção assustadoramente melancólica, de dois meses após o término, e que mostra uma pessoa enfrentando a dor do fim de um amor. Aqui Bjork está se afogando em um lago negro, "family was always our sacred mutual missionwhich you abandoned. You have nothing to give, your heart is hollow. I’m drowned in sorrows, no hope in sight of ever recover. Eternal pain and horrors" (família foi sempre a nossa missão sagrada mútua, que você abandonou. Você não tem nada para dar, seu coração é oco. Eu estou afogado em tristezas, nenhuma esperança em vista de se recuperar. Dor eterna e horror)
Em suas palavras:
Inicia-se com a solene e belíssima Stonemilker, composta nove meses antes do término, em que Bjork se encontra na confusão de um relacionamento conturbado "show me emotional respect, I have emotional needs, I wish to synchronize our feelings" (mostre respeito emocional, eu tenho necessidades emocionais, eu queria sincronizar nossos sentimentos).
E o ápice do disco se vai com Black Lake, canção assustadoramente melancólica, de dois meses após o término, e que mostra uma pessoa enfrentando a dor do fim de um amor. Aqui Bjork está se afogando em um lago negro, "family was always our sacred mutual missionwhich you abandoned. You have nothing to give, your heart is hollow. I’m drowned in sorrows, no hope in sight of ever recover. Eternal pain and horrors" (família foi sempre a nossa missão sagrada mútua, que você abandonou. Você não tem nada para dar, seu coração é oco. Eu estou afogado em tristezas, nenhuma esperança em vista de se recuperar. Dor eterna e horror)
"Me surpreendi com a forma minuciosa como documentei essa cronologia emocional, com três canções antes do término e outras três depois, de modo que o antropólogo em mim decidiu compartilhá-las como tal. A princípio fiquei preocupada que pudesse parecer muito auto-indulgente, mas depois senti que eu poderia fazê-las ainda mais universais, com a esperança de que as canções pudessem servir de ajuda, uma muleta para outros, provando como este processo é biológico: a ferida e a cura da ferida. Psicologicamente e Fisicamente. Sempre existe uma saída."
Um disco surpreendente como sempre. Já comprei o meu, mas deixo aqui o link para o download!
Vulnicura: Torrent
Bjork mudou a minha vida em certas ocasiões, e este disco é tão profundo que seria impossível não me identificar (da minha forma e com as minhas vivencias) com ele. Nunca me considerei poeta, mas sempre fui um escrevinhador e as letras delas muitas vezes serviram de inspiração. Sem querer impor-me de qualquer forma gostaria muito de a convidar a lê-los na minha página (se for do seu interesse) Muito obrigado pela partilha e continuação de um bom dia!
ResponderExcluirEdgar Sacadura
www.facebook.com/poemasepoetasdarua
Edgar, eu fico realmente tão feliz quando leio e percebo como tantas pessoas compartilham da admiração que tenho por esta artista. Quando eu comento com as pessoas também de refiro assim, existe minha vida e percepção de música antes e depois de Björk. E como não se identificar com Vulnicura? Quem nunca passou por esse processo de cura, não é? Venho dizer aqui que já entrei em sua página no facebook, e eu posso dizer, você é um poeta, mesmo que não se considere! Gostei muitíssimo, muitos parabéns pelo talento! Agradeço a mensagem e a visita ao meu blog! Abraços!
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